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MP vai usar técnica de reconstrução de corpos em 3D para avaliar mortes em megaoperação no RJ

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou nesta quarta-feira (12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que vai usar uma tecnologia 3D para analisar ...

MP vai usar técnica de reconstrução de corpos em 3D para avaliar mortes em megaoperação no RJ
MP vai usar técnica de reconstrução de corpos em 3D para avaliar mortes em megaoperação no RJ (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou nesta quarta-feira (12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que vai usar uma tecnologia 3D para analisar as mortes na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha que resultou em 121 mortes, em 28 de outubro (leia mais abaixo). O MP afirmou que escalou uma equipe com oito profissionais para acompanhar de forma independente os exames realizados na sede do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IMLAP).   Nesta segunda (10), ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo do Rio de Janeiro e a Justiça encaminhassem informações adicionais sobre a operação (leia mais abaixo). Megaoperação no Rio: Moraes aponta contradições e determina envio de laudos e dados de prisões Na ocasião, o ministro apontou que há divergências entre as informações divulgadas pelo governo estadual, por meio da Secretaria de Segurança Pública, e de outros órgãos, como o Ministério Público. "O escopo de atenção da equipe se dirigiu, prioritariamente, à verificação do cumprimento dos protocolos e procedimentos técnicos do exame médico-legal, registro de imagens dos corpos e de identificação das lesões constatadas, levando-se em consideração o contexto da operação policial em cenário de confronto e a perspectiva de redução da letalidade policial", diz o documento do MP envido ao Supremo. Após o recolhimento do material, o Ministério Público passou a cadastrar os dados para análise. "Foi iniciada, então, atividade de reconstrução dos corpos em modelos tridimensionais (3D) de alta fidelidade, a partir do escaneamento de superfície realizado, com vistas à caracterização topográfica e morfológica das lesões, documentação objetiva dos achados e futuras análises periciais", diz outro trecho do documento. Segundo o MP, atualmente, o processo de análise técnica se encontra em fase de catalogação das imagens e desenvolvimento da reconstrução tridimensional dos corpos. Nas informações apresentadas ao STF, o órgão descreve essa atividade como complexa e de precisão. E ainda destaca que é uma prioridade da equipe para que, então, possam ser elaborados os laudos individualizados e apresentadas as conclusões. Megaoperação deixa mortos no Rio de Janeiro REUTERS/Aline Massuca Mortes na operação A megaoperação das polícias Civil e Militar terminou com 121 mortos, incluindo quatro policiais. A operação foi considerada a mais letal da história do estado e mobilizou centenas de agentes das forças de segurança. Enquanto o governo estadual e as forças de segurança defenderam a ação como “legal e necessária” para desarticular a cúpula do Comando Vermelho (CV), especialistas e organizações de direitos humanos cobraram transparência sobre as circunstâncias das mortes, o uso de câmeras corporais e a situação dos corpos encontrados na área de mata.

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