Suspeita de mandar matar mulher em Sepetiba não pretende se entregar, diz delegado
Polícia procura suspeita de matar mulher em Sepetiba O delegado responsável pelas investigações da morte de Laís de Oliveira Gomes Pereira afirmou, no come...
Polícia procura suspeita de matar mulher em Sepetiba O delegado responsável pelas investigações da morte de Laís de Oliveira Gomes Pereira afirmou, no começo da tarde desta quarta-feira (12), que a suspeita de ser a mandante do crime, Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, não pretende se entregar. “Ontem à noite, os policiais receberam mensagens dos advogados através do Whatsapp. Eles falaram que ela não tem a intenção de se entregar”, afirmou o delegado Robinson Gomes, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Gabrielle tem um mandado de prisão temporária por 30 dias em aberto. Segundo o delegado, a recusa em se entregar à polícia pode complicar a situação. “Com a fuga, há mais base para pedirmos a prisão preventiva dela”, disse Gomes. Os agentes já realizaram buscas em vários endereços relacionados à suspeita. O Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações que levem à prisão. Disque Denúncia pede informações para localizar mulher suspeita de mandar matar jovem em Sepetiba Divulgação O delegado disse que ainda está apurando as informações coletadas em depoimentos na manhã desta quarta e verificando novos dados. Segundo ele, os dois executores da morte de Laís não possuem antecedentes criminais. A jovem de 25 anos foi morta com um tiro na nuca em 4 de novembro, enquanto empurrava o carrinho do filho mais novo em Sepetiba. Erick Santos Maria, o condutor da moto, e Davi de Souza Malto, apontado como autor do disparo, confessaram a execução, segundo a polícia. “Eles não têm antecedentes criminais. O que está por apurar é se o Davi tem envolvimento com um grupo de extermínio em Belford Roxo. A arma [usada no crime] era do Erick e ainda não foi encontrada”, destacou Gomes. Principal motivação Laís foi morta quando empurrava o carrinho da filha em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio Reprodução/ TV Globo Os agentes da Polícia Civil e do Ministério Público entenderam que o conjunto de provas reunido mostrava mais do que uma disputa de guarda eventual. Segundo os investigadores, havia “fixação” e condutas repetidas que transformaram Laís em obstáculo à pretensão de Gabrielle de exercer o papel de mãe plena de Alice. Os depoimentos, em especial os de familiares e pessoas próximas que registraram mudanças de comportamento, exigências da criança chamá-la de mãe, mensagens agressivas e episódios na escola, foram usados para demonstrar os indícios de autoria do crime. Para os policiais, os relatos apresentam um fio condutor para a conclusão da investigação. A postura possessiva de Gabrielle, o conflito e ameaças repetidas contra Laís, os episódios públicos (escola, mensagens), a investigação da rotina da vítima pelos executores e a execução na rua quando Laís caminhava com o filho. Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto foram presos por participação na morte de Lais. Reprodução TV Globo O delegado Robinson Gomes, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga o caso, descreveu que as divergências “decorriam de disputas pela guarda e convivência da criança Alice” e que “Gabrielle começou a ter verdadeira obsessão pela guarda da criança. "Eles (Laís e Lucas) compartilhavam a guarda da criança e a Gabriele começou a ter verdadeira obsessão pela guarda da criança. A mãe era um obstáculo para ela ter a guarda plena", explicou o delegado. Com isso, a polícia concluiu haver indícios de que Gabrielle teria mandado matar Laís para eliminar o que via como um obstáculo ao seu objetivo de controle sobre Alice. Relembre o caso Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário Reprodução/TV Globo Laís de Oliveira Gomes Pereira, 25 anos, foi assassinada com um tiro na nuca em 4 de novembro de 2025, enquanto empurrava o carrinho do filho de 1 ano e 8 meses na Travessa Santa Vitória, em Sepetiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O bebê não foi ferido. Dois homens foram apontados como autores do crime. Erick se apresentou à Delegacia de Homicídios e teve prisão temporária decretada. Já Davi se entregou e confessou o disparo, segundo a investigação. Os dois, conforme relatos, negociaram R$ 20 mil para executar Laís. A Polícia Civil identificou Gabrielle, atual companheira do pai de Alice, como a possível mandante. A autoridade policial representou pela prisão temporária de Gabrielle e o pedido foi acolhido pela Justiça, que decretou a prisão temporária dela e de Davi por 30 dias. Laís Pereira morreu em Sepetiba aos 25 anos de idade Reprodução Além dos depoimentos que descrevem a fixação e as ameaças, houve análise de imagens de câmeras que mostram os autores em moto, reconhecimento por testemunhas e indícios de pesquisa da rotina da vítima pelos executores. Segundo a polícia, ainda faltam diligências para localizar e prender outros dois envolvidos que funcionariam como intermediários da contratação. A investigação segue para identificar os intermediários e outros possíveis envolvidos, bem como para buscar elementos que comprovem a ligação financeira e logística entre a mandante e os executores. A Delegacia de Homicídios segue com diligências e o Disque Denúncia divulgou canais para informações que levem à localização de Gabrielle. Serviço: Disque Denúncia Central de atendimento: (21) 2253-1177 ou 0300 253-1177 WhatsApp Anonimizado: (21) 2253-1177 Aplicativo: Disque Denúncia RJ